Qual é o ponto alto de uma reunião semanal de cristãos? (se preferir use os
termos culto na igreja?)
As respostas, por mais absurdo que possa parecer, seriam muitas...
Alguns falariam que é adorar ao Senhor. Mas o que estes fazem no resto da semana?
Outros que é a comunhão entre os irmãos. A comunhão em si é correta, mas
duas perguntas são necessárias: comunhão de 1:30h ou 2h, em um grande grupo, faz com que relacionamentos sejam aprofundados? A comunhão precisa ser em um momento mais formal como uma reunião semanal, ou pode ser informal, como uma visita ou um passeio? - visto que congregamos com pessoas que nem conhecemos ou não temos afinidades maiores.
Há também pessoas que diriam que vão encontrar Deus (lógico: Deus, casa de Deus - entendeu), mas Jesus e Paulo não deixaram claro que Deus não se encontra mais NO templo? Isso sem falar na doutrina da Onipresença...
Ah, claro! - Tem o pessoal que diz que vai a igreja buscar a bênção. Sobre isto, diante de tudo que escrevo no blog, prefiro não comentar...
O fato é que, hoje, pouca gente diria: a pregação; como resposta a primeira questão.
Diversos motivos podem ser alistados, mas é fato que a pregação perdeu a primazia nas reuniões da maioria das comunidades.
Eu sou conservador ao extremo, e defendo a pregação expositiva, livro por livro das
Sagradas Escrituras. Mas este tipo de pregação desapareceu dos púlpitos (graças ao Senhor há um mover de publicações e servos pregadores, que estão tentando restituir a pregação expositiva ao seu legítimo lugar).
A maioria das pregações que ouvimos por aí, podem ser rotuladas de tudo, menos
pregação. Bate papo, palestra, conversa informal, testemunho (que vai do duvidoso ao
"tristemunho" - mas sempre suplanta a exposição do texto bíblico com experiências nem
sempre confiáveis), palestra motivacional, stand up comedy, e bobagens a granel...
Se outrora o povo ouvia o que precisava ouvir (mesmo que não tivesse um sabor
agradável), atualmente, o povo ouve o que quer. E na busca de dar o que o povo quer,
pseudo ministros da Palavra (?!?) fazem das malabarismos para "atingir o alvo".
Talvez nenhum autor escreveu tanto sobre esse tema, quanto o A. W. Tozer. Valerei-
me dele para basear meu texto (lembrando que Tozer escreveu na década de 40 do século
passado). Falando sobre o desinteresse dos frequentadores de igreja de seus dias
(que não diferem dos de hoje, ou você acha que todo "membro de igreja" é de fato
convertido?), e comentando sobre o esforço por cumprir o ritual de ir domingo a "casa
do Senhor" que resulta em um tédio para o ouvinte desinteressado, escreveu ele o
seguinte: "O tédio vem quando a pessoa tem de esforçar-se para ouvir com gosto o que, por falta de gosto, ela absolutamente não ouve" (1).
A conclusão lógica é evidente: o ímpio, não gosta de ter seus pecados (probleminhas - na linguagem de muitas congregações) expostos e confrontados de púlpito. Mesmo
que ele seja um professo (e apenas nominal) cristão. Forte? Infelizmente verdadeiro. Se a maioria dos frequentadores de reunião gostassem realmente das Escrituras, eles:
A - leriam mais a Palavra;
B - não aceitariam qualquer "palestra-zinha" como uma pregação;
C - Teriam "prazer" em ver o amor de Deus, mostrando seus pecados expostos, tendo nova chance de arrependimento; afinal, correção é para melhorar e, Deus exorta a quem Ele ama, e é Seu filho (2);
D - finalmente, não pressionariam os pregadores, ansiando por "palestras" mais curtas, e mais aguadas.
Ocorre uma luta para congregar quem não é Igreja nas pseudo igrejas (piedade com não convertidos, ou apenas preocupação em preencher o espaço?). Daí vem o
tédio. Na ânsia em agradar aos homens, obviamente desagradando a Deus (3), e para
não perder a plateia (ou patrocinadores...), muitos se enveredam pelo caminho largo. Largo é o caminho que mata a sede do povo com água espúria, e não a Água da Vida. Largo é o caminho que substitui o ensino escriturístico por palestras de auto ajuda, e shows adocicados e desprovidos de temor ao Santo Nome. Facilmente, a doutrina do panem et circenses (pão e circo) de Juliano (4) é utilizada - somado a dois fatores importantes: o ativismo desmedido para ocupar os membros e as ameaças de perda de salvação - mas isso é assunto para outra reflexão.
Para o povo, pão e circo. Mate sua fome com qualquer pão azedo (pois colocam o Pão
do Céu - o Logos de Deus em segundo plano) e distraia-os o suficiente para que voltem na próxima semana, prontos para continuarem a semear no “reino de Deus" – ou no dos homens.
termos culto na igreja?)
As respostas, por mais absurdo que possa parecer, seriam muitas...
Alguns falariam que é adorar ao Senhor. Mas o que estes fazem no resto da semana?
Outros que é a comunhão entre os irmãos. A comunhão em si é correta, mas
duas perguntas são necessárias: comunhão de 1:30h ou 2h, em um grande grupo, faz com que relacionamentos sejam aprofundados? A comunhão precisa ser em um momento mais formal como uma reunião semanal, ou pode ser informal, como uma visita ou um passeio? - visto que congregamos com pessoas que nem conhecemos ou não temos afinidades maiores.
Há também pessoas que diriam que vão encontrar Deus (lógico: Deus, casa de Deus - entendeu), mas Jesus e Paulo não deixaram claro que Deus não se encontra mais NO templo? Isso sem falar na doutrina da Onipresença...
Ah, claro! - Tem o pessoal que diz que vai a igreja buscar a bênção. Sobre isto, diante de tudo que escrevo no blog, prefiro não comentar...
O fato é que, hoje, pouca gente diria: a pregação; como resposta a primeira questão.
Diversos motivos podem ser alistados, mas é fato que a pregação perdeu a primazia nas reuniões da maioria das comunidades.
Eu sou conservador ao extremo, e defendo a pregação expositiva, livro por livro das
Sagradas Escrituras. Mas este tipo de pregação desapareceu dos púlpitos (graças ao Senhor há um mover de publicações e servos pregadores, que estão tentando restituir a pregação expositiva ao seu legítimo lugar).
A maioria das pregações que ouvimos por aí, podem ser rotuladas de tudo, menos
pregação. Bate papo, palestra, conversa informal, testemunho (que vai do duvidoso ao
"tristemunho" - mas sempre suplanta a exposição do texto bíblico com experiências nem
sempre confiáveis), palestra motivacional, stand up comedy, e bobagens a granel...
Se outrora o povo ouvia o que precisava ouvir (mesmo que não tivesse um sabor
agradável), atualmente, o povo ouve o que quer. E na busca de dar o que o povo quer,
pseudo ministros da Palavra (?!?) fazem das malabarismos para "atingir o alvo".
Talvez nenhum autor escreveu tanto sobre esse tema, quanto o A. W. Tozer. Valerei-
me dele para basear meu texto (lembrando que Tozer escreveu na década de 40 do século
passado). Falando sobre o desinteresse dos frequentadores de igreja de seus dias
(que não diferem dos de hoje, ou você acha que todo "membro de igreja" é de fato
convertido?), e comentando sobre o esforço por cumprir o ritual de ir domingo a "casa
do Senhor" que resulta em um tédio para o ouvinte desinteressado, escreveu ele o
seguinte: "O tédio vem quando a pessoa tem de esforçar-se para ouvir com gosto o que, por falta de gosto, ela absolutamente não ouve" (1).
A conclusão lógica é evidente: o ímpio, não gosta de ter seus pecados (probleminhas - na linguagem de muitas congregações) expostos e confrontados de púlpito. Mesmo
que ele seja um professo (e apenas nominal) cristão. Forte? Infelizmente verdadeiro. Se a maioria dos frequentadores de reunião gostassem realmente das Escrituras, eles:
A - leriam mais a Palavra;
B - não aceitariam qualquer "palestra-zinha" como uma pregação;
C - Teriam "prazer" em ver o amor de Deus, mostrando seus pecados expostos, tendo nova chance de arrependimento; afinal, correção é para melhorar e, Deus exorta a quem Ele ama, e é Seu filho (2);
D - finalmente, não pressionariam os pregadores, ansiando por "palestras" mais curtas, e mais aguadas.
Ocorre uma luta para congregar quem não é Igreja nas pseudo igrejas (piedade com não convertidos, ou apenas preocupação em preencher o espaço?). Daí vem o
tédio. Na ânsia em agradar aos homens, obviamente desagradando a Deus (3), e para
não perder a plateia (ou patrocinadores...), muitos se enveredam pelo caminho largo. Largo é o caminho que mata a sede do povo com água espúria, e não a Água da Vida. Largo é o caminho que substitui o ensino escriturístico por palestras de auto ajuda, e shows adocicados e desprovidos de temor ao Santo Nome. Facilmente, a doutrina do panem et circenses (pão e circo) de Juliano (4) é utilizada - somado a dois fatores importantes: o ativismo desmedido para ocupar os membros e as ameaças de perda de salvação - mas isso é assunto para outra reflexão.
Para o povo, pão e circo. Mate sua fome com qualquer pão azedo (pois colocam o Pão
do Céu - o Logos de Deus em segundo plano) e distraia-os o suficiente para que voltem na próxima semana, prontos para continuarem a semear no “reino de Deus" – ou no dos homens.
"Sem
autoridade bíblica, e sem qualquer outro direito debaixo do sol,
líderes religiosos carnais introduzem um batalhão de atrações sem nenhum
propósito, exceto o de oferecer entretenimento aos santos atrasados. Na
maioria das igrejas evangélicas é comum agora oferecer ao povo,
principalmente aos jovens, o máximo de entretenimento e o mínimo de
instrução. Em muitos lugares, raramente é possível ir a uma reunião cuja
única atração seja Deus" (5).
A ideia corrente do pragmatismo também não é nova. Os resultados estão aí. Já fui
metralhado com o questionamento do tipo: fulano está errado, MAS, ele tem ganhado
almas; quantas você ganhou? - Respondo que quem ganha almas é ghostbuster, e que vidas são ganhas por Deus, através do Espírito Santo, por meio da pregação bíblica. Se for eu (ou fui) quem pregou, ótimo. Mas não posso disputar o que não tenho poder de fazer (muito menos meus "oponentes").
Urge que tanto líderes quanto a membresia atentem para a importância da pregação sadia, bíblica, nas congregações. Entretenimento a televisão e os esportes já dão que chega - e o movimento gospel não consegue qualidade suficiente para competir com estes entretenimentos. Está mais do que na hora de pararmos de buscar juntar pessoas a todo custo, sem cumprir o objetivo maior dos pregadores do evangelho: PREGAR O EVANGELHO.
Finalizo com Tozer falando sobre estes questionamentos:
metralhado com o questionamento do tipo: fulano está errado, MAS, ele tem ganhado
almas; quantas você ganhou? - Respondo que quem ganha almas é ghostbuster, e que vidas são ganhas por Deus, através do Espírito Santo, por meio da pregação bíblica. Se for eu (ou fui) quem pregou, ótimo. Mas não posso disputar o que não tenho poder de fazer (muito menos meus "oponentes").
Urge que tanto líderes quanto a membresia atentem para a importância da pregação sadia, bíblica, nas congregações. Entretenimento a televisão e os esportes já dão que chega - e o movimento gospel não consegue qualidade suficiente para competir com estes entretenimentos. Está mais do que na hora de pararmos de buscar juntar pessoas a todo custo, sem cumprir o objetivo maior dos pregadores do evangelho: PREGAR O EVANGELHO.
Finalizo com Tozer falando sobre estes questionamentos:
"Qualquer
objeção aos duvidosos procedimentos de nosso atual cristianismo tipo
bezerro de ouro topa com a réplica triunfal: 'Mas nós os estamos
ganhando!' - Ganhando-os para quê? Para o discipulado verdadeiro? Para
levar a cruz? Para a abnegação? Para a separação do mundo? Para a
crucificação da carne? Para o santo viver? Para a nobreza de caráter?
Para o desprezo dos tesouros do mundo? Para uma rigorosa disciplina
pessoal? Para amar a Deus? Para total entrega a Cristo? Naturalmente, a
resposta a todas estas perguntas são negativas" (6).
Referências:
(1) Homem: Habitação de Deus - A. W. Tozer - Estação do Livro & Mundo Cristão, p. 122;
(2) Hebreus 12.4-11;
(3) Romanos 8.8, Gálatas 1.10, Efésios 6.6, Colossences 3.22 entre várias referências;
(4) Expressão cunhada por Decimus Iunius Iuvenalis (Juliano), filósofo e poeta romano
em seu livro Sátiras, datado do século I. A expressão foi utilizada diversas vezes por
imperadores romanos e críticos dos mesmos, para definir o padrão de comportamento
de calar as revoltas populares do povo com circo (diversão - na maioria espetáculos
no Coliseu romano, onde cristãos eram dados aos leões ou obrigados a lutarem entre
si, chamados de gladiadores) e com pão - que era distribuído gratuitamente durante os
espetáculos sangrentos (enquanto a burguesia banqueteava-se com manjares);
(5) Homem - Tozer, p. 123;
(6) Idem.
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