terça-feira, 18 de novembro de 2014

O VESTUÁRIO DOS TEMPOS BÍBLICOS

O guarda-roupa do indivíduo que vivia nos tempos bíblicos era básico.  Uma tanga (talvez) era usada por baixo da túnica, e também se usava alguma forma de cobertura para a cabeça. Calçados e casaco eram opcionais. As pequenas variações nesse padrão durante os dias bíblicos ficavam no terreno das cores, material e estilo, em vez de nas provisões básicas, pois roupas desse tipo se adaptavam melhor a um clima relativamente quente. Paulo usava a túnica presa na cintura por um cinto, como uma metáfora para o estilo de vida do povo escolhido de Deus (Cl 3.12), e todos compreendiam que ele falava do que era básico.

A roupa de baixo, quando usada, era uma tanga ou saiote. Pedro usava a tanga quando ficava "nu" ou "despido" no barco de pesca da família (Jo 21.7). Jesus foi crucificado usando apenas a tanga, porque os soldados já haviam removido sua túnica (Jo 19.23).

A Túnica
A túnica era a peça essencial, sendo feita de dois pedaços de material, costurado de forma que a costura ficasse horizontal, à altura da cintura. Quando eram tecidas litas no material do tear, elas caíam verticalmente no tecido acabado. A túnica era como um saco em muitos aspectos. Havia uma abertura em V para a cabeça, e cortes feitos nas duas laterais para os braços. A túnica era geralmente vendida sem a abertura em V, para provar que era realmente nova. O material podia ser lã, linho ou até algodão, segundo as posses do usuário. As túnicas feitas de pano de saco ou pelo de cabra eram muito desconfortáveis por causarem irritação na pele. Só eram então usadas em épocas de luto ou arrependimento.

As túnicas masculinas eram quase sempre curtas e coloridas; as das mulheres chegavam aos tornozelos e eram azuis, com bordados no decote em "V", o que em alguns casos indicava a aldeia ou região do usuário. A túnica usada por Jesus deve ter sido da última moda, por não ter a costura central. Teares preparados para acomodar o comprimento total da túnica só foram inventados nos seus dias (veja Jo 19.23).

A túnica era presa à cintura por um cinto de couro ou tecido áspero. O cinto tinha às vezes uma abertura, para colocar um bolso onde guardar dinheiro ou outros pertences pessoais (Mc 6.8). O cinto era também útil para enfiar armas ou ferramentas ( 1 Sm 15.13). Quando os homens precisavam de liberdade para trabalhar ou correr, levantavam a barra da túnica e a prendiam no cinto, tendo assim maior liberdade de movimento. isso era chamado de "cingir os lombos", e a frase tornou-se uma metáfora para os preparativos. Pedro recomenda, por exemplo, discernimento claro, aconselhando os cristãos a cingirem o seu entendimento ( 1 Pe 1.13). As mulheres também levantavam a barra da túnica - no caso delas - para levarem coisas de um lugar para outro. Não eram usadas roupas de dormir no fim do dia; o cinto era afrouxado e a pessoa deitava-se com a sua túnica.

ROUPAS MASCULINAS.
ESQUERDA PARA DIREITA: TRABALHADOR COM A TÚNICA ENROLADA
NO CINTO; HOMEM USANDO MANTO DE LÃ GROSSA SOBRE A TÚNICA;
HOMEM RICO COM MANTO FRANJADO E COLORIDO.


O Manto
Quando o indivíduo era suficientemente rico para comprá-lo, ou quando o frio exigia, um manto (ou capa) era usado sobre a túnica. Os mantos eram feitos de duas formas. No campo, onde o calor era determinante, eles enrolavam material pesado de lã ao redor do corpo, costurando-o na altura dos ombros e abrindo fendas para a passagem dos braços. O manto era a única forma de proteção para muitos, portanto, mesmo recebido como penhor de um empréstimo, ele tinha de ser devolvido ao dono antes do anoitecer para que pudesse agasalhar-se na friagem da noite (Êx 22.26,27). pela mesma razão um tribunal judeu jamais daria um manto como recompensa.

O outro tipo de manto era como um vestido frouxo com mangas largas. Quando feito de seda era um traje de gala, e o indivíduo rico jamais sairia de casa sem ele. os fariseus usavam franjas azuis na orla de seus mantos, a fim de que os outros vissem que eles guardavam a lei registrada em Números 15.38,39. Em vista de essa prática tender ao exibicionismo, ela foi condenada por Jesus (Mt 23.5). A mulher que sofria de hemorragia quis provavelmente tocar essa extremidade do manto de Jesus (Mt 9.20).

Calçados
Os pobres quase sempre andavam descalços, mas outros usavam sandálias simples. A sola era feita de um pedaço de couro de vaca cortado na forma do pé. Ela era ligada ao pé por uma tira comprida que passava através da sola, entre o dedo maior e o segundo dedo do pé, e era amarrada ao redor do tornozelo (Lc 3.16). Um outro modelo prendia alças feitas ao redor da sola com uma tira, cruzando-as por sobre o pé. Chinelos eram também usados.

SANDÁLIA DE COURO DO SÉC. I D.C., ENCONTRADA NA 
FORTALEZA DE MASSADA.


Chapéus
A maioria dos homens parece ter usado uma cobertura no alto da cabeça: um pedaço de material dobrado em forma de tira com um dos lados virado para cima, de modo a dar uma aparência de turbante. As mulheres usavam um quadrado de material dobrado para proteger os olhos e que caía sobre o pescoço e ombros, como proteção completa contra o sol, o qual era mantido no lugar por um cordão trançado. Um véu transparente era usado algumas vezes sobre a cabeça para que a mulher não mostrasse o rosto em público. Só o marido podia ver a face da esposa. Rebeca ocultou assim o rosto antes de casar-se com Isaque ( Gn 24.65). Na cerimônia de casamento o véu era retirado do rosto da noiva e colocado no ombro do noivo, com a declaração: "O governo está sobre os seus ombros" (Is 9.6).

Limpeza das Roupas
As roupas eram lavadas, permitindo que a água limpa de um regato passasse pela trama do tecido removendo a sujeira; ou colocando as roupas molhadas sobre pedras chatas e esfregando a sujeira. Davi usou a ideia de lavar roupas como símbolo da ação necessária para limpar o seu pecado (Sl 51.2). O sabão era feito de óleo de oliva ou um álcali vegetal.

TRAJES DE UM CASAL RICO.
NOTE O MANTO DELE COMO UM VESTIDO E AS MANGAS LARGAS;
A MULHER USA BRACELETES, PINGENTE, BRINCOS E TIRA NA CABEÇA.


Vestuário Básico
Bem poucos podiam adquirir roupas devido ao seu alto preço. Os pobres só tinham uma muda de roupa. Portanto era comum trocar uma pessoa por um par de sapatos (Am 2.6), e foi praticamente revolucionário dizer ao povo que desse as túnicas de reserva como fez João Batista (Lc 3.11). É interessante ver que na sua codificação da lei no século I d.C., os judeus fizeram uma lista de roupas que podiam ser resgatadas de uma casa incendiada no sábado - interessante porque a lista indica o valor das roupas e menciona peças familiares na época. A lista está dividida em duas seções, para homens e mulheres ( as crianças usavam versões menores das roupas dos adultos).

Muitos dos nomes das peças são gregos, mas os padrões básicos são exatamente os mesmos. As roupas tinham tamanha importância que rasgá-las em pedaços era um sinal de intenso sofrimento ou luto (Jó 1.20).



Ornamentação
Além das roupas, eles usavam muitos outros recursos, tais como maquiagem, enfeites e tratamento de cabelo. Esse aspecto era tão importante para as mulheres da época do Novo Testamento que as cristãs foram advertidas a se enfeitarem com um espírito manso e tranquilo ( 1 Pe 3.3,4). os cosméticos eram feitos com kohl (carbonato verde de cobre) ou com galena ( sulfeto negro de chumbo) (Ez 23.40).

ROUPAS E COSMÉTICOS DAS MULHERES ROMANAS SÃO
MOSTRADOS NESTE PAINEL DEDICADO PELAS SERVIÇAIS
DE UM SERVIÇO RELIGIOSO.


PENTE ROMANO DE MARFIM, INSCRITO COM O NOME
DE SUA PROPRIETÁRIA: MODESTINA.

Isaías descreve com detalhes a ornamentação usada em sua época (Is 3.18-21). Muitos dos brincos, braceletes e pingentes eram engastados com pedras preciosas, mas é extremamente difícil identificar a natureza exata das pedras nas linguagens antigas. Óleos eram usados como base para pigmentos que coloriam os dedos das mãos e dos pés. Os cosméticos poderiam ser aplicados com os dedos ou com uma pequena espátula de madeira. os homens usavam frequentemente um anel no dedo ou uma corrente ao redor do pescoço, mas esses anéis serviam mais para selar do que como decoração. Nos dias do Antigo Testamento, o cabelo era um item importante, sendo raramente cortado.

CAMPONESA (EM PRIMEIRO PLANO) - NOTE AS SANDÁLIAS
SIMPLES DE COURO - E UMA MULHER RICA. AMBAS TÊM A CABEÇA COBERTA.



Curiosidades

Roupas masculinas/Roupas femininas
Deuteronômio 22.5.  Em vista da túnica ser tão básica, ela era idêntica para homens e mulheres, exceto que a do homem era geralmente mais curta ( na altura do joelho) e a da mulher mais longa ( na altura do tornozelo) e azul. A proibição de trocar as roupas teve sua origem no estímulo sexual que fazia parte da religião cananita.

O "casaco colorido de José"
Gênesis 37.3.  José ganhou uma túnica feita de muitas peças. As peças adicionais eram provavelmente mangas compridas que atrapalhavam quando havia serviço a fazer. (Quando as mulheres usavam mangas longas e largas, elas as amarravam atrás do pescoço, para que os braços ficassem livres). Isso indicava que José não devia fazer trabalho pesado; ele era o herdeiro escolhido para governar a família.

O manto e a túnica
Mateus 5.40; Lucas 6.29.  Jesus não entendera mal e não estava se contradizendo. No primeiro caso, Jesus falava sobre o tribunal que podia tirar a túnica, mas não a capa da pessoa. No segundo caso, um ladrão iria roubar primeiro a roupa de cima, que era valiosa.

Cobrindo a cabeça das mulheres
1 Coríntios 11.10.  As mulheres andavam com a cabeça coberta e usavam véu fora de casa. Só as prostitutas mostravam a face e exibiam os cabelos para atrair os homens. Paulo diz então aos cristãos que se uma mulher não usar véu na igreja, deve ter a cabeça raspada; mas é melhor que cubra a cabeça. Mesmo quando os cristãos têm liberdade para a prática da sua fé, não devem contrariar os bons costumes.

A armadura de Deus
Efésios 6.10, 11.  Paulo se refere à roupa usada pelo soldado. Ele combina a profecia de Isaías sobre a armadura de Deus ( Is 59. 16, 17) com o que sabe sobre o soldado romano. Por baixo da armadura do soldado estava uma vestimenta básica para "ficarem firmes", de modo que a armadura (casaco e saia de couro cobertos com placas de metal) pudesse ajustar-se por cima. os soldados romanos tinham sandálias pregadas com tachas grandes que firmavam seus pés no chão. Paulo usa a descrição para dizer que o diabo não poderá derrubar os cristãos se eles forem estritamente honestos, absolutamente justos em seus tratos e não se deixarem perturbar facilmente. Acrescente a isso uma salvação que os capacita a viver segundo o padrão de Deus, com acesso ao que Deus disse e confiança nEle, e o cristão estará bem protegido.

Os trajes do sacerdote
Êxodo 28. Os sacerdotes usavam uma roupa de linho sobre a parte de cima da túnica, talvez para mantê-la limpa, chamada estola ( 1 Sm 2.18, 19). O sumo sacerdote usava roupas especiais, mas continuava seguindo a provisão básica. A túnica era azul, a estola ricamente bordada, e havia nesta uma espécie de bolsa incrustada de jóias contendo dois discos para determinar a vontade de Deus, ao serem lançadas sortes. A capa era branca. Ele usava um turbante especial na cabeça.


Referência Bibliográfica:


GOWER, Ralph; Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos, 1 ed, 2002, Casa Publicadora das Assembleias de Deus, Rio de Janeiro.

sábado, 20 de setembro de 2014

Pensando bem...

"Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo?" (Eclesiastes 7:16)

Normalmente, nestes dias atuais, onde estamos vivendo no mundo do politicamente correto, ter opiniões que vão de encontro com o senso comum, pode ser considerado ato criminoso.
Bom a imagem que montei, foi simplesmente para repassar o que penso deste caso, a jovem Patricia Moreira, torcedora do Grêmio, imbecilizada pela paixão doentia por um clube de futebol, tornou se o símbolo máximo da luta contra o racismo no futebol!

De fato, o que não podemos deixar de cobrar que tais atos racistas, não sejam penalizados, mas até transformar essa jovem no símbolo do racismo é extrema ignorância ou mesmo uma fraude intelectual, em um país e principalmente em um estado em que a um numero exacerbado de nazistas e racistas que normalmente não são sequer lembrados pela grande mídia.

Na minha juventude, tínhamos uma expressão que em campos de futebol e em outro conglomerados de pessoas, são costumazes, as MARIAS VAI COM AS OUTRAS. Não quero aqui advogar a favor dela, mas o que devemos lembrar são das verdades esquecidas em ensinos como este do retirado do livro do sábio, no mundo do politicamente correto, todos tentamos ser justos ao extremos, amamos os bichinhos, os velhinhos, os negros, os gays, os índios, enfim todos os envolvidos em minorias são bonzinhos, caridosos, zelosos, num mundo perfeito, de gente perfeita, quando encontramos uma pessoa imperfeita, como essa jovem, tornamos uma pessoa que comete uma imbecilidade, em uma criminosa de alta periculosidade.

O goleiro Aranha, foi sim insultado, insulto esse que já senti outras vezes na minha vida, mas não podemos acabar com a vida de uma pessoa como essa jovem, que esta tendo toda a sua privacidade e liberdade cerceada por que as câmeras flagraram seu ato absurdamente burro, sua vida esta sendo destroçada pelos caçadores da perfeição, sua casa apedrejada, TODA a sua família prejudicada.

Como pensar de forma que sejamos moderados em nossas atitudes:

Aristóteles e a Moderação:

"Depois do que precede, talvez convenha tratar da moderação e dizer o que é, em que casos se manifesta e a que se aplica. A moderação é uma qualidade do homem que exige menos do que o que poderiam oferecer-lhe os seus direitos fundados na lei. Há muitas coisas, em relação às quais o legislador é impotente para determinar casos particulares, abordando-as apenas de uma maneira geral. Prescindir do seu direito neste gênero de coisas e não pedir mais do que aquilo que o legislador pretendera, mas que não pode precisar em todos os casos particulares apesar do seu desejo, é fazer um ato de moderação. Mas o homem moderado não reduz indistintamente todos os seus direitos; assim como não reduz em nada dos que deve à natureza, e que são verdadeiramente direitos; apenas reduz os seus direitos legais, aqueles que o legislador, devido à sua impotência, deixou por especificar." (in La Gran Moral, Livro Segundo, Capítulos I e II, Espasa-Calpe, 6.ª ed., Madrid, 1976)

Este pensamento aristotélico nos leva a pensar que aquele que age com moderação não espera mais do que podia ser ofertado.

Nós sabemos que a justiça tem que ser feita de maneira justa, mesmo sabendo que a justiça é feita por homens que agem movidos pelas suas emoções e experiências, mas não podemos nos levar apenas pelo senso comum ou pela histeria coletiva que os sensos justiceiros trazem, Fabiane Maria de Jesus, pouco se recordaram deste nome, mas foi aquela moça que foi assassinada, por ser confundida com uma sequestradora, o senso comum matou uma inocente, você poderá dizer, mas não da pra comparar uma com a outra, Léo, realmente não da, uma era inocente a outra não, porém o Direito Penal usa a proporcionalidade e a dosimetria, para sentenciar um condenado.

O que devemos pensar é que Patricia errou sim, deve pagar pelo seu erro, mas não podemos desviar nossos olhos para um problema real, o racismo existe e os racistas de verdade, continuam aterrorizando negros, gays e nordestinos e a grande massa não se volta contra eles, nem nas redes sociais, nem na vida real, enquanto destruímos a vida de uma família por causa da idiotice de uma jovem.

Gastemos nossas energias tentando ser justos e moderados, cobremos sim que tais atitudes sejam extirpadas da nação, mas reconheçamos que nos trás riscos e quem apenas nos da trabalho!

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Ser pastor nos dias atuais!



"E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para PASTORES e doutores,..." (Efésios 4:11)

Nestes tempos de internet, redes sociais, conexões imediatas com pessoas em toda parte do planeta, algumas relações foram substituídas ou simplesmente deixadas de lado.

O que vou compartilhar com vocês é um pensamento que já tive em um tempo não muito distante, mas passado algumas circunstâncias vejo com outra perspectiva.

Sou pastor e me orgulho do meu ministério, sim do meu ministério, pois não trato isso como profissão, nem como ganha pão, já deixando bem claro que não sou contrário ao sustento pastoral, mas não digo também que tem que ser regra os pastores serem mantidos por igrejas/ministérios, mas voltando sinto orgulho do meu chamado e da responsabilidade que vem com este ministério.

Vivemos hoje uma realidade onde ser pastor é algo muito difícil, seja pela comparação com os mega-milionários pastores televisivos, seja pela comparação daqueles que se auto intitularam pastores e saem por ai pregando algumas coisas que se destoam da Palavra, ou pela apropriação do termo, para as mais diversas seitas.

Muitos irmãos perceberam no decorrer de suas caminhadas que nós pastores, somos somente homens, falhos e merecedores de perdão como todos os seres humanos, só que existe uma cobrança de uma parte, (grande, por sinal) dos cristãos evangélicos que cobram uma santidade que deixam os pastores, quase como um alien, ser impecável, que quando ele peca, erra ou simplesmente não atende as expectativas deste ou daquele irmão.

Muitos também se decepcionam com as denominações, suas normas e políticas e se redescobrem se ajuntando em grupos pequenos e familiares ou simplesmente deixando de congregar.

O que acontece em todas as vezes é que sobra sempre para o pastor, por mais que seu coração esteja voltado para o Reino e o Evangelho, são os pastores que estão na linha de frente das criticas e dos ataques, merecidos ou não.

Amo meu chamado como disse, me sinto bem e usado por Deus, quando um irmão me procura pedindo uma orientação ou quando me vejo preocupado com aqueles que me cercam, muitos nem congregando comigo, mas me vejo os pastoreando e sendo confidente destes.

Não me vejo como um super ungido, ou alguém especial, simplesmente me vejo como um irmão mais instruído em alguns assuntos, com dons específicos, cumprindo um chamado específico, com pessoas específicas.

Mas neste sábado, gostaria de partilhar com meus amigos deste mundo diferente, Facebook Brasil) as alegrias e dificuldades que passamos quando nos dedicamos a este oficio.

Vejo muitos dos manos queridos aqui que pastoreiam e nunca foram reconhecidos por um concilio, convenção ou qualquer destas coisas, mas a você mano e mana pastor e pastora, que pastoreiam vidas, que compartilham dores e alegrias, que sente as dores daqueles que amam e convivem com a gente, a você que passa horas aconselhando e orando com nossos irmãos, que orienta e puxa a orelha e principalmente a você que compartilha o Evangelho do Reino de Deus, com estes que nos cercam.

Sejamos felizes sendo pastores e a vocês que sentem este chamado em suas vidas florescendo digo, muitas lutas e dores, muito conhecimento e muita sabedoria, pois falara sobre tudo e compartilhará da vida de todo tipo de pessoa, mas nada melhor do que saber que somos instrumentos de Deus para cuidarmos daqueles que Ele tanto ama.

Deus os abençoe!

Pastor pede dinheiro a fiéis para seguir na Band

Fernando Donasci/Folhapress
  • Missionário e bispo R. R. Soares, pastor da igreja evangélica neopentecostal Igreja Internacional da Graça de Deus Missionário e bispo R. R. Soares, pastor da igreja evangélica neopentecostal Igreja Internacional da Graça de Deus
Todo ano é a mesma coisa. A renovação de contrato entre a Band e a Igreja Internacional da Graça, do pastor R.R. Soares, se torna um verdadeiro padecimento de Jó. Ano após ano, a emissora exige cada vez mais dinheiro do pastor, já que ele ocupa uma hora no horário nobre. É a única TV aberta que vende o "crème de la crème brûlée" de seu horário nobre. 

A Band ou a igreja nunca divulgaram valores, mas estima-se que o contrato esteja entre R$ 8 milhões e R$ 12 milhões mensais (há quem diga que não passa de R$ 2 milhões, mas isso significaria que a Band está vendendo cada minuto de sua grade por pouco mais de R$ 1000, o que é altamente improvável). 
Soares representaria, caso esse número esteja correto, até 15% do faturamento anual da Band (R$ 600 milhões). Como ocorre em todos sempre na época da "penitência de Jó", a TV da família Saad mais uma vez fez exigências para renovar o contrato da igreja em 2014. Por "novas exigências" entenda-se "aumento no cachê" recebido. 

Escaldado com anos e anos de ameaças de não renovação caso não aceitasse as, digamos, exigências, este ano o missionário Soares começou cedo uma campanha destinada a reforçar o caixa da igreja e garantir o espaço comprado na Band. A campanha tem sido exibida exaustivamente em seu programa, e na internet, no site da igreja e do missionário, que tem quase 1 milhão de seguidores no Facebook e no Twitter.
A campanha pede que o fiel ajude "a espalhar a boa nova" por todo o mundo. A Igreja de Soares, que é cunhado de Edir Macedo, está hoje em quase 100 países em todo o mundo, seja por meio de rádios ou TVs ou sites (www.ongrace.com).

Ele não cita nominalmente a Band, mas a campanha estourou bem no mês em que o contrato vence (abril).
Em suas pregações diárias, o pastor também sempre abre um espaço para pedir doações a uma conta que a igreja mantém em um banco. Comparativamente, ele pede menos dinheiro que os pastores da Igreja Universal, que nos últimos anos parece que transformaram as doações no assunto principal das pregações.
Doe! Ajude! Colabore! Pague! Os verbos são diferentes, mas o pedido é sempre o mesmo. 

Nos últimos dois anos a Igreja Internacional da Graça renovou contrato com a Band praticamente em cima da hora. Os contratos quase sempre têm validade de apenas um ano. Assim a emissora pode exigir aumentos de remessas de seu parceiro anualmente. 

Muitos executivos da Band já defenderam a saída de Romildo Soares e sua igreja, ou pelo menos que mudasse de horário. O problema é que o evangélico entra no ar exatamente depois do "Jornal da Band", no momento em que a emissora atinge um de seus picos de ibope em dias úteis (seis pontos, cada ponto vale por 65 mil casas sintonizadas na Grande São Paulo). Quando Soares começa a pregar, esse ibope cai quase que imediatamente para zero (traço).

Por isso, parte dos diretores da Band (especialmente os de núcleo artístico) gostariam que o pastor saísse do horário nobre. O problema maior é que, sem ele, o faturamento da casa cai e a Band prefere faturar e perder ibope a ganhar ibope e não faturar ou faturar bem menos com comerciais que conseguisse vender no horário.

Ricardo Feltrin
Ricardo Feltrin, 50, é colunista do UOL, onde apresenta o programa Ooops! às segundas, e também colunista do F5, site de entretenimento da Folha. Trabalhou por 21 anos no Grupo Folha, como repórter, editor e secretário de Redação, entre outros. 

http://celebridades.uol.com.br/ooops/ultimas-noticias/2014/04/29/pastor-pede-dinheiro-a-fieis-para-seguir-na-band.htm 

Pastor da Igreja Evangélica Assembleia de Deus Maanaim é preso por tráfico de drogas pela Guarda Municipal de Hortolândia

O pastor da Igreja evangélica, Felipe Nikolaos Tetradis, de 34 anos, foi preso em flagrante pela Guarda Municipal de Hortolândia a 114 Km de São Paulo, por tráfico de drogas, na madrugada desta segunda-feira (28). 

Felipe Nikolaos Tetradis, 34, (Foto) era pastor da Igreja Evangélica Assembleia de Deus Maanaim, (MINISTÉRIO KERYGMA).

A esposa dele, a autônoma Sara da Silva Andrade, de 24 anos, que está grávida de quatro meses, assim como a ajudante de cozinha Monik Pardim Rodrigues, 21 anos, também foram presas. Segundo a GM, além de pastor, Tetradis é também juiz de paz e realiza casamentos comunitários no município.
Com o religioso, os guardas municipais encontraram um tubo de cocaína e R$ 130 em dinheiro. Já com Monik, que estava sentada no banco traseiro do carro, os guardas apreenderam 28 embalagens de crack, cocaína e maconha e mais R$ 150 em dinheiro. No carro havia mais kits de droga, mas com a esposa do pastor, que estava no banco do passageiro, nada foi encontrado.
O pastor alegou que havia comprado a droga por ser usuário, mas a ajudante contou que ele era o chefe do tráfico e que ela vendia as drogas para ele. Quanto a Sara, eles disseram que ela não tinha envolvimento com o tráfico e que eles foram apenas buscá-la na casa de sua mãe.
No entanto, os guardas foram até a casa do casal e localizaram o restante das drogas, além de embalagens, balança, martelo, marreta, luvas, bacias, fitas e tesoura.
O pastor foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisório (CDP) da cidade. Já as mulheres foram encaminhadas à Cadeia Pública de Santa Bárbara d`Oeste. A esposa do pastor tem outras duas crianças, que foram entregues à parentes.
Uma vergonha para o povo Cristão
 

segunda-feira, 24 de março de 2014

Vampiros Espirituais.





No inicio do ano passado, mais precisamente no dia do acidente na boate em Sta. Maria, escrevi uma reflexão sobres os Carniceiros Espirituais, (leia aqui na integra, http://prleogodinho.blogspot.com.br/2013/01/carniceiros-espirituais.html), mas este artigo acabei falando de forma genérica e de pessoas que ficam "urubuzando" sobre desgraças alheias, para bradar sua pseudo santidade superior.

Já hoje gostaria de iniciar esta semana, falando sobre Vampiros Espirituais, mas primeiro vamos entender o que é um vampiro:

"Vampiro é um ser mitológico ou folclórico que sobrevive se alimentando da essência vital de criaturas vivas (geralmente sob a forma de sangue), independentemente de ser um morto-vivo ou uma pessoa viva" (Wikipédia)

Ok, vamos nos ater apenas ao primeiro paragrafo, este ser se alimenta de ESSÊNCIA VITAL, na literatura falamos apenas em sangue, mas estamos falando em seres mitológicos e eu quero falar de gente de verdade!

No decorrer da nossa vida, diversas pessoas passam pela nossa vida, nas mais variadas circunstâncias, algumas delas se destacam pela proximidade e influência sobre nossas vidas.

Com o passar dos anos vemos que alguns destes, passaram pelas nossas vidas em momentos de extrema delicadeza e/ou de extrema bonança.

Tais pessoas normalmente vem até a gente quando estas normalmente, não é via de regra, em situações nas quais elas aparentam estar em situações de extrema necessidade, não digo só financeira, mas em diversas estâncias.

O que normalmente fazemos, pessoas normais, é estender as mãos e disponibilizarmos tal ajuda, estas pessoas adentram nossas vidas e assim como os vampiros, seduzem até que você fique demasiadamente deslumbrado e compartilhem de suas fragilidades e felicidades, então logo mais, assim como vampiros eles iniciam seu ataque, sugando suas energias, roubando sonhos e adentrando em particularidades, pouco depois estes vampiros te convencem que você faz parte de uma "classe superior", seja ela profissional, eclesiástica, social.

Mas infelizmente uma hora ou outra, sua energia se esvairá e se ele não te vampirizar também, só sobrara um corpo inerte, sem energia, pois estas foram sugadas e utilizadas em sua gana de energia.

Nos anos 20 da década passada um filme chamado Nosferatu, retrata um vampiro feio, envelhecido e contorcido, estes Vampiros Espirituais não aparentam monstros, pelo contrario eles são seus amigos, namorados (as), cônjuges, lideres religiosos, chefes ou subordinados, ou seja qualquer um, mas normalmente são extremamente próximos.

Como lidar com isso?

Cuide de quem te ama, perceba que estas pessoas, mentem, transgridem, deixam diversas duvidas sobre suas condutas, se apropriam da maioria dos seus relacionamentos ou te isolam, enfim, quando você menos perceber esta pessoa esta em todas as esferas da sua vida.

A solução não consiste em evitar novas amizades, mas cuide de seus relacionamentos e quando você perceber que alguém esta tomando mais espaço na vida que TUDO que você faz esta pessoa esta, nem sempre ela é um bom amigo, pois um bom amigo de deixa livre para ir e voltar!

Cuide da sua vida e saiba sempre que você tem e pode sempre utilizar do melhor amigo que podemos imaginar, Deus.

Tenha uma ótima semana!

quinta-feira, 6 de março de 2014

Belos por fora, vazios por dentro!





Por Hermes C. Fernandes


“No princípio criou Deus os céus e a terra. A terra era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas.” Gênesis 1:1-2

Eis a prova de que o Criador prima pelo processo! Em vez de fazer todas as coisas já devidamente prontas, ele prefere submetê-las ao processo de acabamento. Alguns intérpretes afirmam que na verdade a terra tornou-se sem forma e vazia, e chegam a conjecturar que o evento que deflagrou este caos foi a queda de Satanás. Todavia, se lermos o texto sem tentar encaixá-lo em nossa cosmovisão, veremos que ele diz exatamente o que o autor pretendia dizer: Deus cria os céus e a terra, porém, a terra ainda era informe e desabitada. A partir deste ponto do poema da criação, o autor nos brinda com várias estrofes em que Deus vai aperfeiçoando Sua obra, passo a passo até poder soltar um sonoro "Muito bom!"

A criação da Terra serve de analogia para a criação do novo homem em Cristo. Nós somos a nova terra. Tanto a terra quanto o céu, emergiram do nada (ex niilo). Entretanto, a obra não estaria completa, enquanto se mantivesse “sem forma e vazia”.
“Pois assim diz o Senhor que criou os céus, ele é Deus; foi ele que formou a terra, e a fez, ele a estabeleceu; ele não a criou para ser vazia, mas a formou para que fosse habitada...” Isaías 45:18
A primeira providência de Deus para mudar situação caótica temporária em que sua obra se encontrava foi criar a luz: “E disse Deus: Haja luz. E houve luz” (v.3). Sem a luz, a forma não é distinguível, senão pelo tato. Lembremo-nos que“todas as coisas manifestas pela luz tornam-se visíveis, pois é a luz que a tudo manifesta” (Ef. 5:13). 
A luz representa o entendimento, a revelação da Palavra, da vontade de Deus. Enquanto a luz visa dar forma, o Espírito Santo, ao pairar sobre a face das águas, tinha por objetivo “encher” o que estava vazio.
A terra deveria ser o cenário onde os propósitos de Deus se realizariam. O Novo Homem, recriado em Cristo, surge em um instante. A conversão não é gradual, como sustentam alguns. Ela acontece no momento em que a Palavra de Deus é ouvida, recebida e crida. Entretanto, a nova criatura agora precisa receber “forma” e “conteúdo”. Ela ainda é uma massa informe, tal qual uma criança que acaba de ser concebida. Aos poucos, à medida que ela recebe luz, conhecimento daquilo que é agradável a Deus, através da Palavra, ela vai adquirindo forma. Como diz a Escritura:
“Pois outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Andai como filhos da luz (pois o fruto da luz consiste em toda a bondade, e justiça e verdade), descobrindo o que é agradável ao Senhor.” Efésios 5:8-10
Ela já não pode “conformar-se com o mundo” (Rm.12:2). Mas deve renovar-se no conhecimento para que experimente qual é a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. Ela é, por assim dizer, remodelada. Ela adquire uma nova imagem.
Quando falamos em “forma”, estamos nos referindo à imagem, isto é, àquilo que se vê. Deus fez o homem à Sua imagem e semelhança, conforme vemos em Gênesis. Enquanto a imagem diz respeito à forma, a semelhança diz respeito ao conteúdo. Ao cair, o homem teve a sua imagem espiritual descaracterizada, borrada pelo pecado. E o pior é que Adão transmitiu isso a todas as gerações. Vejamos:
“Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete." Gênesis 5:3
Paulo dá testemunho disso, ao afirmar:
“O primeiro homem (Adão), sendo da terra, é terreno, o segundo homem (Jesus) é do céu. Qual o terreno, tais são também os terrenos; e qual o celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a IMAGEM do terreno, assim traremos também a imagem do celestial.” 1 Coríntios 15:47-49
Herdamos as características de nossos progenitores. Trazemos a imagem daqueles que nos geraram. E todos pertencem à mesma árvore: Adão. Por isso é necessário ao homem nascer de novo, para que herde as características do novo Adão, Jesus Cristo, e assim, possa habitar o novo céu e a nova terra criados por Deus. Mais adiante falaremos sobre a realidade do novo céu e da nova terra.

Quando falamos de “forma”, estamos falando de “padrão”, daquilo que é visível. Jesus, porém, veio reconciliar com Deus as coisas visíveis e invisíveis (Col.1:15). Há algo que não pode ser visto, pois trata-se da essência, do homem interior, do conteúdo. Lembremo-nos que, como vasos de barro, somos apenas recipientes de um valioso tesouro (2 Co.4:7). Aquilo que se vê tem importância, pois dá testemunho daquilo que não se vê. Entretanto, a essência precede a forma. Se ficarmos estacionados nessa questão, corremos o risco de viver uma religiosidade de fachada, ao estilo dos fariseus contemporâneos de Jesus. Cabe aqui a exortação de Paulo aos judeus:
“Mas tu que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus; e conheces a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei; e confias que és guia dos cegos, LUZ DOS QUE ESTÃO EM TREVAS, instruidor dos néscios, mestre de crianças, que tens a FORMA da ciência e da verdade da lei; tu, pois, que ensinas a outro, e não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras? (...) Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? (...) Não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra, e cujo louvor não provêm dos homens, mas de Deus.” Romanos 2:17-22a, 23, 28-29
Eles tinham a forma. Eles tinham a Lei. Mas faltava-lhes a Graça, o conteúdo. Pra eles, era como se a terra já não estivesse sem forma, mas continuasse vazia. Havia luz, mas o Espírito não pairava sobre a face das águas!
Embora a Lei conferisse “forma”, apontasse um padrão de comportamento para o homem caído, o escritor sagrado garante que ela “não tem a imagem exata das coisas” (Hb.10:1). Por isso, ela era incapaz de devolver ao homem a “imago dei” perdida na queda. Era necessário Algo que fosse a “imagem exata”, e não apenas uma mera “fotocópia”. Na verdade, não era de “algo” que o homem precisava, mas de “Alguém”. Hebreus 1:3 nos revela esse Alguém que é “o resplendor da sua glória e a expressa imagem da sua pessoa”.
Jesus “encarnou” a Lei, e foi capaz de transcendê-la. Ele não apenas a cumpriu, mas foi além de suas demandas. Por isso Ele mesmo disse:
“Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim para destruí-los, mas para cumpri-los (...) Pois vos digo que se a vossa justiça não EXCEDER a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” Mateus 5:17,20
O verbo “cumprir” também pode ser traduzido por “encher”. A Lei apresentou-nos a “forma”, porém homem algum foi capaz de enchê-la. Somente Jesus a encheu, e desafiou Seus discípulos a excederem a justiça alcançadas pelos homens mais religiosos da época. Exceder é ir além.
Jesus, portanto, nos oferece um novo modelo. Ele é exatamente aquilo que Deus espera que sejamos. E “aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou” (1 Jo. 2:6). Portanto, Jesus nos oferece a forma e o conteúdo. Ele nos devolve a imagem e a semelhança de Deus. A forma diz respeito àquilo que fazemos, o conteúdo diz respeito àquilo que somos.
A grande missão de Cristo é reconduzir o homem a Deus. Mas para que isso seja possível, é necessário que lhe seja restituído a imagem e a semelhança divinas, das quais foi privado a partir da Queda.
Paulo afirma que Deus nos predestinou para sermos “conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm.8:29). Nosso destino é alcançarmos a perfeição (forma, imagem) e a plenitude (conteúdo, semelhança). Vamos descobrir de quê maneira se opera em nós o “remodelamento” e o “enchimento”.

Como somos remodelados?

Para que haja forma, é necessário que haja luz. Paulo diz que Satanás, chamada ali de “deus deste século”, “cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a IMAGEM DE DEUS” (2 Co.4:4). São esses incrédulos para os quais “o nosso evangelho ainda está encoberto” (v.3).
É necessário que haja uma revelação provocada pelo Espírito Santo, para que possamos contemplar a glória de Cristo, que é a imagem do Pai. Paulo diz que “quando um deles se converte ao Senhor então o véu é-lhe retirado” (3:16) E assim, “todos nós, com o rosto descoberto, refletindo a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na MESMA IMAGEM, como pelo Espírito do Senhor” (v.18).
Aos poucos, o Espírito Santo vai transformando nosso modo de viver, e nos fazendo semelhantes a Cristo, a imagem exata do Pai. Na medida em que nos renovamos no espírito do nosso entendimento, somos revestidos do novo homem, “que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef.4:24). Segundo Paulo, é esse “novo homem” “que se renova para o conhecimento, segundo a IMAGEM DAQUELE QUE O CRIOU” (Col.3:10). Agora Cristo não é apenas o Unigênito de Deus, mas o Primogênito. “Por esta causa Jesus não se envergonha de lhes chamar irmãos” (Hb.2:11).
A remodelagem feita pelo Espírito em nós é gradual. É chamada de santificação. Para que fôssemos “refeitos”, e nos tornássemos novamente a “imagem” de Deus, Cristo teve que assumir a nossa própria imagem. Assim como nos tornamos “imagem” de Deus, sem nos tornarmos Deus, Cristo tornou-Se imagem do pecado, sem tornar-Se pecador. Paulo diz que devido à inabilidade da Lei em nos tornar santos, Deus enviou “o seu Filho em semelhança da carne do pecado” (Rm.8:3). E em outra passagem diz: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co.5:21). Esse era o preço que Cristo deveria pagar para que nos fosse restituída a imagem de Deus.
Como somos “preenchidos”?

Uma vez remodelados, a obra não estaria completa se também não fôssemos cheios. Além de alcançarmos a perfeição (forma), fomos destinados a alcançar a plenitude (conteúdo). Se a forma diz respeito àquilo que se vê, o conteúdo diz respeito àquilo que não se vê. Ao agirmos como Cristo agiria, estamos demonstrando que recobramos a imagem de Deus. Entretanto, não nos basta agir como Cristo, devemos SER como Cristo. Devemos almejar nos assemelharmos a Ele. Não se trata aqui do mesmo desejo que Satanás teve. A diferença é que Satanás quis alcançar a semelhança de Deus, a fim de sobrepujá-Lo. Longe de nós tal pensamento! Jamais desejaríamos ser maiores do que nosso Pai. Jesus disse:
“O discípulo não é mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu senhor. Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor.” Mateus 10:24-25
E esse é o nosso destino final. João afirma em sua epístola: “Quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim com é, o veremos” (1 Jo.3:2). Embora essa promessa vá cumprir-se plenamente na Vinda de Cristo, devemos crer que ela já começa a cumprir-se hoje. Afinal, o mesmo João diz: “Qual ele é, somos nós também neste mundo” (4:17b).
A imagem aponta para as obras, para a Justiça. A semelhança fala da essência. A justiça divina diz respeito à maneira como Deus age. Porém, quando falamos da essência, estamos nos referindo àquilo que Deus é. E qual é a melhor definição que já se fez de Deus? O mesmo apóstolo é quem nos dá essa definição: “DEUS È AMOR” (1 Jo.4:8b). Deus faz justiça, mas é amor. “Quem está em amor está em Deus, e Deus nele” (v.16b).

Ser cheio de Deus é, portanto, ser cheio do AMOR.

Mas não deveríamos ser cheios do Espírito Santo, conforme orienta Paulo em Efésios 5:18? Mas o que é ser cheio do Espírito, afinal? Paulo responde:
“...O amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” Romanos 5:5b
O amor é o primeiro gomo do fruto do Espírito (Gl.5:22). O cumprimento da lei é o amor (Rm.13:10b). Ou em outras palavras, o “enchimento”, o conteúdo da lei é o amor. Sem ele, pode até haver forma, mas não há conteúdo.

Todos apreciam a promessa que garante que aquele que crê no Senhor fará as mesmas obras que Ele, e as fará maiores ainda, porque Ele estará junto ao Pai para garanti-las (Jo.14:12). Mas se o cristianismo se restringisse a isso, ele não seria completo. Conforme diz Paulo, “ainda que eu tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria” (1 Co.13:2). O mais importante não é o que se faz, mas o que se é. Não adianta fazer, sem ser. Que façamos as mesmas obras que Ele! Mas que, além disso, haja em nós “o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus” (Fp.2:5). E que sentimento foi esse? O Amor.
Para que nos tornássemos novamente a imagem e semelhança de Deus, o amor fez com Cristo, “sendo em forma de Deus”, não tivesse por usurpação “ser igual a Deus, mas a si mesmo se esvaziou, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (vv.6-8). Eis aqui a única maneira para que sejamos “cheios” de toda a plenitude de Deus.
O caminho do pleroma é o kenoma. Cristo teve que experimentar um “esvaziamento” (grego=kenoma), para que pudéssemos ser cheios de Deus. Ele esvaziou-se de Suas prerrogativas divinas, mas não Se esvaziou do Seu amor. Ele foi capaz de Se fazer “servo” (lit.: escravo). Provavelmente, Paulo estava se referindo ao episódio narrado em João 13. Ali diz que “sabendo Jesus que a sua hora de passar deste mundo para o Pai já tinha chegado, como havia amado os seus, que estavam no mundo, AMOU-OS ATÉ O FIM” (v.1). Afinal, o amor jamais acaba (1 Co.13). Quem ama, ama até o fim. Diante do olhar curioso dos Seus discípulos, Jesus desnudou-Se, cobriu-Se com uma toalha, e começou a lavar os seus pés. Ninguém entendeu nada. Aquela era uma tarefa dada aos escravos. Eram eles que vinham com bacias cheias de água, para refrescar os pés dos visitantes da casa. Vendo que Pedro estava confuso com o que assistia, Jesus disse: “O que eu faço não sabes agora, mas o compreenderás depois” (v.7). Foi pela pena de Paulo, que Deus nos fez entender o que Jesus estava fazendo. Era necessário que Ele experimentasse uma kenósis completa. Ele tinha que descer ao mais baixo nível, humilhando-Se a Si mesmo, para que agora, movidos pelo mesmo amor, pudéssemos ser cheios da Plenitude de Deus. Foi o mesmo João que registrou essa cena que disse:
“Da sua plenitude todos nós recebemos graça sobre graça. Pois a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.” João 1:16-17
Agora temos mais do que a forma da Lei, temos o conteúdo da Graça: o amor. Através de Sua oferta de amor, tornamo-nos perfeitos, alcançamos a justiça exigida pela Lei (Hb.10:14). Porém, a Sua cruz fez mais do que nos conferir a perfeição exigida na Lei. “Pois o amor de Cristo nos constrange”, diz Paulo, “julgando nós isto: um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressurgiu” (2 co.5:14-15).
Agora não temos apenas uma razão para obedecermos a Deus, mas também uma motivação. A razão é a justiça divina, a motivação é o Seu amor. Somos constrangidos por esse tão grande amor. Somos batizados nesse amor. Fomos invadidos e tomados por esse amor. Precisamos experimentar essa Kenósis (esvaziar), se quisermos experimentar o Pleroma de Deus. Temos que nos esvaziar de nós mesmos, para sermos tomados por Deus.
 

Afastados de Cristo, ou da igreja?






Eu sempre fui muito observador e conseqüentemente crítico em alguns assuntos, digo isso não me baseando em uma experiência teórica, estou falando do que acompanhei na prática. 


No campo evangelístico eu sempre me defrontei com algumas situações no mínimo polêmicas, isso foi chamando minha atenção, sempre que conversava, ou melhor, explicava o plano de salvação às pessoas, me diziam, eu estou afastado, ou em outras versões, eu estou desviado, eu sempre achei essas palavras muito fortes, mas isso cada vez mais me levava à uma busca pela real situação das pessoas que me afirmavam isso. Foi quando cheguei a conclusão que foi a própria igreja que criou uma esfera de espiritualidade e de infalibilidade que acarretou neste tipo de pensamento. 


Por muito tempo uma igreja em especial se destacou e enganou a muitos mostrando que a salvação só seria possível, dentro dela, digo sendo membro da mesma, inclusive até protestamos contra isso, mas infelizmente retornamos a estaca zero e o que é bem pior hoje são os próprios evangélicos que enchem o povo de engano mostrando que quem não faz parte ou se afasta da instituição é caracterizado que esta pessoa se afastou do próprio Cristo. 


Essa cultura leva à cauterização da mente humana, levando pessoas a viver uma vida oprimida e pensando que Cristo virou as costas para elas. Precisamos explicar que se uma pessoa se afasta de Cristo isso quer dizer que esta mesma pessoa se afastou de seus ensinamentos e literalmente o abandonou, melhor, houve uma apostasia. 


Fonte: Internet
Eu sei que assim como o filho pródigo, tem muitas pessoas que não estão bem, mas isso não quer dizer que elas estão afastadas de Cristo; uma das coisas, mas lindas que eu aprendi foi que essa idéia de que o Espírito Santo se afasta da pessoa é outra conversa fiada como poderia ele se afastar se o mesmo convencer? Ou melhor, imagine uma pessoa selada por ele que se afastou da igreja. 


Quer dizer que o Espírito Santo se afastou dele? Claro que NÃO! Apesar das fraquezas humanas essa pessoa não ficará nesse estado até o fim, ela retornará, muitos estão feridos com a igreja atual pela sua desumanidade, isso é muito ruim, tem muitos hoje que não querem nem saber de uma igreja evangélica. 


Portanto, dizer que o Espírito Santo se afasta dos que estão afastados da igreja é complicado. Isso é uma idéia evangélica pra meter medo em seus membros, pra que eles não saiam das igrejas, isso é mais um joguinho mercadológico ligado a heresias. Não podemos aceitar esse erro que há muito tempo tem tomado conta das igrejas, quero concluir dizendo que tem muita gente que está afastada da instituição e não de Cristo, eu sei o quanto é importante um cristão estar em contato com o ensino da Palavra e com a koinonia, mas é preciso entender que isso não tem que acontecer em um espaço religiosamente devido como se faz hoje, portanto o meu ponto de vista é que precisamos diferenciar quem está afastado de Cristo e quem está afastado da igreja.
Pr. Lucivaldo Dionísio 

http://pastorlucivaldo.blogspot.com.br/2012/06/afastados-de-cristo-ou-da-igreja.html?spref=fb

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Papa propõe uma revolução de ternura



Em severa crítica à Igreja, papa apresenta maior reforma do Vaticano em meio século

Exortação Apostólica "Evangelii Gaudium" apresentada hoje é o primeiro documento do novo papa e traça o caminho para a Santa Sé nos próximos anos. Documento propõe "nova etapa de evangelização" e "conversão" da Igreja


Cidade do Vaticano – Jorge Bergoglio lança um projeto de “conversão do papado”, propõe a “descentralização” da Igreja e apresenta o plano da maior reforma feita no Vaticano em pelo menos meio século. No primeiro documento de seu próprio punho apresentado hoje, o papa Francisco explica em mais de 200 páginas seu projeto para o futuro da Igreja, lançando duros ataques contra sacerdotes e denunciando a guerra pelo poder dentro dos muros da Santa Sé.

“Desejo dirigir-me aos fiéis cristãos para convidá-los a uma nova etapa de evangelização marcada por esta alegria e indica direções para o caminho da Igreja nos próximos anos”, escreveu em sua Exortação Apostólica publicada hoje, o Evangelii Gaudium do Santo Padre Francisco aos Bispos, Presbíteros, Diáconos às pessoas consagradas e aos fiéis laicos sobre o Anúncio do Evangelho no Mundo Atual. “É uma nova evangelização no mundo de hoje, insistindo nos aspectos positivos e otimismo”, explicou o cardeal Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifical para a Nova Evangelização e que admite que o papa é “franco”. “O centro é o amor”, insistiu. “Sem isso, a Igreja é um castelo de cartas  e isso é o nosso maior perigo”, declarou.

Em seu texto, Francisco apela à Igreja a “recuperar a frescor original do Evangelho”, mas encontrando “novas formas” e “métodos criativos”. “Precisamos de uma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como elas são."

Uma parte central de seu trabalho será o de “reformar as estruturas eclesiais” para que “todas se tornem mais missionárias”.

O recado é claro: promover uma “saudável descentralização” na Igreja, num gesto inédito vindo justamente da pessoa que representou por séculos a centralização da instituição e sempre lutou contra repartir poderes. A esperança é de que as conferencias episcopais possam contribuir para “o sentido de colegialidade”.

A descentralização apontaria até mesmo para a abertura de espaços para diferentes formas de praticar o catolicismo. “O cristianismo não dispõe de um único modelo cultural e o rosto da Igreja é multiforme”, escreveu. “Não podemos esperar que todos os povos, para expressar a fé cristã, tenham de imitar as modalidades adotadas pelos povos europeus num determinado momento da história”. Para o papa, teólogos precisam ter em mente “a finalidade evangelizadora da Igreja”.

Nem o próprio papa estaria isento da reforma. Sua meta é a de promover uma “conversão do papado para que seja mais fiel ao significado que Jesus Cristo lhe quis dar e às necessidades atuais da evangelização”.
A burocracia e a aristocracia da Santa Sé também precisa ser revista. “Nesta renovação não se deve ter medo de rever costumes da Igreja não diretamente ligados ao núcleo do Evangelho, alguns dos mais profundamente enraizados ao longo da história”.

Bergoglio insiste que prefere “uma igreja ferida e suja por ter saído às estradas, em vez de uma igreja preocupada em ser o centro e que acaba prisioneiras num emaranhado de obsessões e procedimentos”.

Abertura – Um dos pontos centrais é ainda a abertura da Igreja aos fiéis. “Precisamos de igrejas com as portas abertas” para evitar que aqueles que estão em busca de Deus encontrem “a frieza de uma porta fechada”. “Nem mesmo as portas dos Sacramentos se deveriam fechar por qualquer motivo”, escreveu.
A escolha dos fiéis que deveriam comungar também é atacado pelo papa. “A Eucaristia não é um prêmio para os perfeitos, mas um generoso remédio e um alimento para os fracos”, alertou.

Poder – O documento ainda lança severas críticas a padres e sacerdotes. O papa pede que se evite as “tentações” do individualismo e alerta que “a maior ameaça é o pragmatismo incolor da vida cotidiana da Igreja, quando na realidade a fé se vai desgastando”.

Pedindo uma “revolução de ternura”, o papa critica “aqueles (religiosos) que se sentem superior aos outros” e que apenas fazer obras de caridade não seria o suficiente. O papa também ataca os sacerdotes que “em vez de evangelizar, classificam os outros”, adotando um “certo estilo católico próprio do passado”.

Bergoglio também ataca os religiosos que tem “um cuidado ostensivo da liturgia, da doutrina e do prestígio da Igreja, mas sem que se preocupem com a inserção real do Evangelho” às necessidades das populações. “Esta é uma tremenda corrupção com a aparência de bem. Deus nos livre de uma igreja mundana sob cortinas espirituais ou pastorais."

As batalhas por poder dentro do Vaticano também são alvos de ataques do papa contra a Igreja. Ele apela para que as comunidades eclesiais “não caiam nas invejas e ciúmes”. “Dentro do povo de Deus, quantas guerras”, lamenta o argentino. “A quem queremos evangelizar com estes comportamentos?”, atacou, indicando um “excesso de clericalismo”.

O papa ataca o “elitismo narcisista” entre os cardeais. “O que queremos? Generais de exércitos derrotados? Ou simplesmente soldados de um esquadrão que continua batalhando?”, questionou.

Até mesmo as homilias (sermão feito nas missas) são alvos de ataque do papa. “São muitas as reclamações em relação a este importante ministério e não podemos fechar os ouvidos." Bergoglio insiste que ela não deve ser nem uma conferência e nem uma aula. “Temos de evitar uma pregação puramente moralista”.
Um ataque especial vai também aos religiosos que não se preparam devidamente para as missas. “Um pregador que não se prepara não é espiritual, é desonesto e irresponsável”, escreveu. Quanto às confissões, o argentino é ainda mais duro: “não se trata de uma câmara de tortura”.

Mulher – O papa volta a defender um maior papel da mulher dentro da Igreja. “Ainda há necessidade de se ampliar o espaço para uma presença feminina mais incisiva na Igreja, nos diferentes lugares onde são tomadas decisões importantes”, defendeu. “As reivindicações dos direitos legítimos das mulheres não se podem sobrevoar superficialmente”, apontou.

Bergoglio deixa claro a posição da Igreja contrária ao aborto. “Entre os fracos que a Igreja quer cuidar estão as crianças em gestação, que são as mais indefesas e inocentes de todos, às quais hoje se quer negar a dignidade humana”, escreveu.

“Não se deve esperar que a Igreja mude a sua posição sobre essa questão. Não é progressista fingir resolver os problemas eliminando uma vida humana”, declarou.

Economiae política – Bergoglio ainda destina uma parte importante de seu texto à situação mundial e não deixa de atacar o modelo econômico que prevalece. “O atual sistema econômico é injusto pela raiz”, declarou. “Esta economia mata porque prevalece a lei do mais forte”.

“Os excluídos não são explorados, mas lixo, sobras”, atacou. “Vivemos uma nova tiraria invisível, por vezes virtual, de um mercado divinizado onde reinam a especulação financeira, corrupção ramificada, evasão fiscal egoísta”. O dinheiro, segundo ele, deve servir, e não dominar.

Para ele, esse modelo estaria promovendo uma “crise cultural profunda” nas famílias. “O individualismo pós-moderno e globalizado promove um estilo de vida que perverte os vínculos familiares”, alertou.

O papa ainda apela para que a Igreja não tenha medo de se envolver nos debates políticos e que faça parte da luta por influenciar grupos políticos para garantir maior justiça social. Para ele, os pastores tem “o direito de emitir opiniões sobre tudo o que se relaciona com a vida das pessoas”, escreveu. “Ninguém pode exigir de nos que releguemos a religião à secreta intimidade das pessoas”, declarou.

Sua luta contra a pobreza também fica claro no documento. “Até que não se resolvam radicalmente os problemas dos pobres, não se resolverão os problemas do mundo”, declarou, fazendo um apelo aos políticos. Em seu documento, ele volta a defender os “mais fracos”, os “sem-teto, os dependentes de drogas, os refugiados” e apela a países que promovam uma “abertura generosa” aos imigrantes. Para ele, existem “muitos cúmplices” nesses crimes.

O argentino, porém, não deixa de apelar “humildemente” aos países muçulmanos que garantam a liberdade religiosa para os cristãos, “tendo em conta a liberdade de que gozam os crentes do Islã nos países ocidentais”. “Uma adequada interpretação do Corão se opõe a toda a violência”, defendeu. Bergoglio, porém, insiste na necessidade de fortalecer o diálogo e a aliança entre crentes e não-crentes.

Apesar dos desafios, o papa insiste que os fiéis não devem desistir. “Se eu conseguir ajuda pelo menos uma única pessoa a viver melhor, isto já é suficiente para justificar o dom da minha vida”, concluiu.

Fonte: MSN/ESTADÃO

AUTOSSUFICIENTE, PENSE!

“O SER HUMANO NÃO CAIU POR SER FRACO, MAS POR PRETENDER SER AUTOSSUFICIENTE”.  
(C.S. LEWIS)
A fragilidade humana faz parte do programa declara Lewis, Deus nos creou para termos vida social, viver em comunhão, viver em família, viver em comunidade. A igreja (denominação) é uma ferramenta para aprimorar nossa relação com próximo. A nossa relação depende da nossa compreensão da vida, ninguém sobrevive sozinho, somos carentes um do outro, a dureza, falta de percepção contribui para uma geração egoísta que acredita ser possível andar sozinho. O Evangelho registra que é melhor dois do que um logo caminhar em unidade contribui para o desenvolvimento social. Essa pretensão de achar que ser autossuficiente é se autorrealizar é uma tolice, o Evangelho em nos arranca essa ideia mesquinha e torna o ser social, a Graça limpa o interior para ser preenchido de amor ao próximo. “O amor ao próximo materializa o Reino a partir de cada um”, em tudo pode ser partilhado, compartilhado, doado.
O desapego torna tudo em comum, como na igreja primitiva relatada em Atos.
PENSE!
Tudo em comum materializa Deus,
Tudo em comum materializa compaixão,
Tudo em comum materializa misericórdia.
As características (virtude) do Espírito materializam Deus, compaixão e misericórdia. Em atos Jesus alertou que a missão só teria êxito quando o Espírito da verdade fosse plenamente derramado a humanidade. Todo o fruto do Espírito acorre quando se decide entregar-se ao plano maior. Isso requer renuncia de si mesmo, abrir mão de um ideal de vida para vivenciar o Reino através de si. Tudo em comum é uma consciência que desabrocha ao sermos enxertados na videira (Cristo). Somente uma vida frutífera pode garantir a permanência na videira, frutos dignos de arrependimento é consequência da entrega, da ação dele no ser. O desenvolvimento intelectual só deslumbra a sabedoria, sabedoria plena acontece quando a vivencia espiritual alinhado a maturação dos anos evolui nosso espírito a ouvir Deus.
PENSE!
Tudo colabora para o crescimento,
Tudo colabora para o plano maior,
Tudo colabora para o chamado.
Ser autossuficiente é negar nossa dependência em Deus, o conhecimento torna o ser saudável para crescer a caminho do plano Eterno na missão (IDE), o chamado só pode ser deslumbrado quando se é crescido em graça.
REFLITA!
A graça transporta o homem da mediocrida à evolução
A graça leva ao trono, isso acontece quando nos humilhamos a potente mão do Eterno, depositando nossas ansiedades por que ele tem cuidado de cada um. A mediocridade cega endurece o coração, transporta ao material, enquanto a alma se enche de incertezas. A evolução não vem pelo conhecimento, mas sim através da conversão. As atitudes são prova dessa conversão, o dia a dia reflete nosso interior. O conhecimento só é útil depois da conversão, antes é egoísta. 
A inteligência pode até atrapalhar pode impedir com os conceitos formados a partir dessa, de ouvir Deus. A fé é pelo ouvir a verdade (Cristo), e não se entregar a letra, tudo se torna compreendido quando o Evangelho se torna filtro de tudo. A letra mata, mas o Espírito vivo renova. Essa renovação eleva o entendimento à mentalidade do Reino, livra o ser da autossuficiência, livra da escravidão do eu, assim temos uma visão clara do caminho da cruz.
PENSE!
A visão da cruz revela Cristo ressurreto,
A visão da cruz revela Cristo em mim,
A visão da cruz revela Cristo através de nos.
Essa visão mostra o Cristo ressurreto, em mim ele passa a materializar o Reino, e por mim sua obra ganha forma plena a ser benção aos outros. Na visão da cruz a salvação é compreendida, a revelação é clara, pura e simples. Sem a visão não passa de religião, associação evangélica, clube, etc. Todos na minha humilde opinião recebem a revelação do amor de Deus, nem todos iram frequentar uma placa denominacional. Passaram por este plano se ser notados, mas com certeza na eternidade serão lembrados pela dependência no eterno.
PENSE!
Quem depende dele torna o impossível em possível,
Quem depende dele sua é capaz de tirar da fraqueza forças,
Quem depende dele sua fé torna se em luz infravermelha na escuridão.
O Creador pai das luzes usa barro para realizar o incrível apenas adicionando o poder dele mesmo pelo seu Espírito vivo de Cristo. Estar nele é ser provido em tudo sendo fortalecido na fraqueza, justamente neste ponto somos fortes, na adversidade Cristo se revela, no caos eu me rendo você ouve claramente, a renovação vem de dentro para fora. Na escuridão da noite a fé torna bussola em nos a caminho de refrigério, é uma luz infravermelha na escuridão. Cuidados por ele somos providenciados em tudo. Vivendo a cada dia de glória em glória a estatura de varão perfeito, guiados pela palavra viva, o Evangelho da graça, sendo cada vez mais constrangidos a loucura da cruz, ministrando a tempo e fora de tempo, como cartas vivas sendo enviado pela direção do Evangelho, sendo totalmente dependentes dele, por ele, para ele, para glória dele, até o dia do encontro.
PENSE!
A ausência da cruz me deixa autossuficiente,
A ausência da cruz me deixa carnal,
A ausência da cruz me deixa fora do plano original.
Não a ausência sim ao Evangelho cruz,
Não a ausência sim à mensagem do Evangelho,
Não a ausência sim ao plano revelado pelo Evangelho.
Amados (a), sim a cruz, sim ao Evangelho, sim a mensagem, sim ao plano de Deus, sim a vida, sim a felicidade, sim a alegria, a liberdade em Cristo, sim a qualidade de vida através do fruto do Espírito. Nele somos mais que vencedores.
Que Deus nosso pai te liberte de si mesmo, minha oração é que seja de uma vez vencido pela mensagem do Evangelho, Deus abençoe a todos.

Cezar Camargo, Pastor. 

http://prcezarcamargo.blogspot.com.br/2013/07/autossuficiente-pense_1.html?spref=fb